terça-feira, 7 de março de 2023

13. MEMÓRIAS CRUZADAS – O Atelier, Van Gogh e Eu

Uma brincadeira é claro! O que eu posso ter em comum com este grande mestre da pintura?

A não ser pelo fato de termos vivido diariamente, por um período que seja de minha parte, envoltos em tintas, diluentes, pincéis, paleta de cores, pastas, massas.

Somos Arianos, ele nasceu um pouco antes de mim: 30/03/1853.

E o resto é pretensão minha!

Mas o fato é que eu vivi, por um período de minha vida, em um Atelier.

Quero dizer, eu já fui um ‘Pintor’ em minha trajetória profissional!

Talvez um estúdio fotográfico? Não! Vou tentar explicar!

Vocês já viram em casas de Parentes algum ‘quadro’ de familiares na parede? 

Tipo este? 



Estes retratos eram muito comuns nos lares brasileiros, notadamente na zona rural, mas os nossos Avós também tinham – estes são os Avós da Simone!

 

 



Eu vou explicar como eram produzidos estes ‘Quadros’ em outro post. Aguardem, pois o processo de produção é muito interessante!

Voltando ao nosso Artista, certa vez, pesquisando assuntos relacionados a Transtornos Mentais e Psiquiatria (para outro texto que estou produzindo!), me deparei com a história de Van Gogh.

Uma histórica emocionante e dramática, de um gênio com depressão e bipolaridade, transtornos desconhecidos na época, que sofreu incompreensão e descréditos que o levaram ao suicídio!

É uma história muito interessante, que vale à pena ser conhecida!

Eu procurei pelos quadros dele; gostei bastante, são simples, retratam o cotidiano. Mas prestando atenção, você entende (ou associa) as mensagens de cada um de seus quadros! E por isso ele é muito aclamado!

Ganhou um Admirador desde então!

Quando eu soube que haveria a exposição Beyond Van Gogh em São Paulo, pela primeira vez no Brasil, claro que não poderia perder!

Era dia da semana, data próxima do meu aniversário, Simone trabalhando, então lá fui eu! Que exposição espetacular!

Dá uma olhada neste registro, veja se gosta!


Vincent

Este post é curtinho de propósito, é só um drops pelo que há por vir!

Deixe os seus comentários! Até a próxima!

 

Nota: Guardei um pouquinho prá publicar este texto e mais um ano se passou. . . .

Puxa que velocidade tem o tempo! Preciso escrever sobre isso!

Foi anunciado hoje nos meios de comunicação, que haverá uma exposição semelhante a esta, mas com as Obras de Picasso! Será que eu vou?!

sexta-feira, 11 de novembro de 2022

12. MEMÓRIAS CRUZADAS - A Era da TV - O Homem de 6 Milhões de Dólares

Não sei se as mulheres se empolgavam tanto com o Cyborg quanto os homens se empolgavam com a Farrah Fawcett!

Nunca ouviu falar dela? Foi a primeira Jill Munroe do seriado 'As Panteras' dos anos 70 e 80.

Era a mulher mais linda do mundo! Lá naquela época, né?

E ainda assim, para os americanos, que valorizam as mulheres mais esguias, sem muito quadril.

Os brasileiros, falando por mim gostavam mais da Kelly, personagem da Jaclyn Smith.

Voltando!

O Cyborg, da série o Homem Biônico, foi interpretado pelo ator Lee Majors – que foi marido da Farrah Fawcett, por isso eu a mencionei. 

Esta série retratava, resumidamente, sobre as aventuras de um astronauta que após ter sofrido um grave acidente, teve braços, pernas e olhos substituídos por implantes eletrônicos que o dotaram de poderes cibernéticos, sobre-humanos!

Ele corria a mais de 90 km por hora. Era capaz de enxergar, com extrema nitidez de detalhes, a mais de 10 km de distância do alvo. Com os seus braços biônicos, era capaz de levantar sozinho qualquer automóvel para salvar as vítimas de acidentes!


A gente se divertia com a capacidade de imaginação dos roteiristas das séries de TV.

E vieram alguns outros filmes futuristas depois, como o RoboCop, Blade Runner e lá se foram os devaneios dos roteiristas da indústria do cinema! Teve até um desenho do bionicão!

Para mim que gostava pouco de aventuras futuristas, aquilo era demasiadamente exagerado!

Ou era humano, ou era robô! Um não pode, aliás, não consegue fazer o que o outro faz!

Você por acaso já viu algum robô ter ginga de corpo? Rebolar e dançar? Claro que não, né?

Robôs são capazes, por exemplo, de atender um cliente em bares e restaurantes? Tal como no filme Passengers?

https://www.uol.com.br/nossa/noticias/redacao/2021/10/22/restaurante-na-florida-recorre-a-robos-por-falta-de-garcons-na-pandemia.htm

A tecnologia de robótica é mesmo surpreendente! Depois de 50 anos do fim desta série de TV me vejo agora assistindo a demonstrações de super máquinas!

A minha estupefação é a mesma, eu não posso acreditar no que os meus olhos vêm!

Onde já se viu um robô ter ginga de corpo? Dançar, se equilibrar em um só pé? Ah, eu não posso acreditar!

E não é que hoje já temos até cão biônico?

Tremenda evolução tecnológica em pouco mais que 05 décadas!

Nem com a mais fértil imaginação dos garotos da década de 1970, eu poderia supor que estaria vivo para testemunhar este avanço da tecnologia!

E não está muito longe a data em que veremos terráqueos colonizando outros planetas. Perdidos no Espaço? ! ?

E você, meu caro leitor, como tem assimilado estas evoluções tecnológicas? Comente! Gostaria de ouvir a sua opinião!

sexta-feira, 12 de agosto de 2022

11. MEMÓRIAS CRUZADAS – Onde é que está sua fração?

É um clichê sem dúvida, mas não tenho como não recorrer a ele!

Quantas vezes já ouvimos, desde os tempos do primário, que o Brasil é o país do futuro? Celeiro do mundo! Berço de riquezas e prosperidade! Repetem tanto e por tantas vezes que ficamos anestesiados. Quem repete e com qual intenção? Acho que nem eles sabem. Repetem porque ouviram. E assim, a fábula se perpetua!

Há certos assuntos que somente com a nossa vivência, após tantas experiências e mais alguma coisa, acabamos tirando nossas próprias conclusões, independente do que continuem a nos bombardear com palavras.

Por exemplo, o progresso. Quanto abstrato isto lhe parece? Progresso pessoal, profissional, comunitário, etc.

Vou dar o exemplo do bairro onde eu cresci.





Na Vila Ema não tinha ônibus na década de 1970; hoje tem uns 03 ou 04 na linha 314c que circulam há mais de 10 anos, andam sempre lotados e parecem estar sempre atrasados quando precisamos deles. 





Não tinha gás encanado e continua não tendo. Não tínhamos um bom comercio de roupas, eletrodomésticos, móveis, serviços em geral antes da era dos shoppings. Quando chegaram os shoppings – em outros bairros claro, continuávamos não tendo. Hoje os shoppings estão encolhendo, mudando a sua estratégia de atuação. E a Vila Ema continua sem nenhum dos comércios que eu mencionei.




Se fosse perguntado a um morador que por hipótese nunca tivesse saído do bairro, o que é um hospital, ele diria que não existe, pois nunca viu algum por aquelas bandas. Pronto socorro, supermercado, colégio, também só existem na ficção, diria esse morador!






Mas banco tem, né?
Afinal, eles estão por todos os lados!
Menos na Vila Ema!
Aqui também não tem!

Os moradores caminham por vários quarteirões até achar uma lotérica. É assim a vida dos moradores.





Mas imaginem a situação do Brasil.

Eu já ouvi e li que o slogan do JK, lá pelos idos dos anos 1956, era construir indústrias e fazer em 05 anos obras de infraestrutura que com outros governantes no poder levaria 50 anos para conclusão. E fez muito mesmo, admitamos! Mas foi só! Nunca mais consegui ler notícia semelhante. E nem ver!

Alguém já ouvir dizer que o Brasil tem rodovias suficientes para o tamanho de seu território e em boas condições de tráfego? Que temos portos em todos os locais em que seja possível e com boa estrutura? Podemos viajar de trem para todas ou pelo menos algumas das principais capitais do país? A população tem bom atendimento hospitalar? Alguém já ouviu dizer que a população carcerária diminuiu de um ano para o outro? Em qualquer ano! Ou que os presídios oferecem condições básicas, dignas para a recuperação de algum cidadão?

Quando o Brasil teve mais oferta de empregos do que trabalhador desempregado?

Por que os nossos sistemas de ensino possuem as piores notas de avaliação nestes rankings elaborados periodicamente pelos organismos internacionais?

Por que as faculdades públicas são frequentadas somente por alunos que têm condições de pagar pelos estudos?

Quando algum parente seu obteve uma aposentadoria digna e de acordo com o tempo que trabalhou ou pelo tanto que contribuiu?

A sua família já conseguiu fazer algum tipo de poupança?

Você considera justo o valor que paga de impostos?

Nos meus mais de 60 anos vividos, sempre ouvi que tudo isso seria melhorado algum dia.

Após a 2ª guerra mundial o Japão era um país devastado que comprava produtos americanos, desmontava, analisava e fazia cópias. Seus produtos tinham fama de serem piores do que os paraguaios. A Alemanha se humilhou diante dos Aliados e se sujeitou a todas as imposições dos vencedores. Hoje é uma potência econômica na Europa.

O Japão, em 50 anos, saiu do zero para uma referência mundial em termo de qualidade de seus produtos, Sony, Toyota, Cannon e tantos outros. Sua economia é uma das mais sólidas do mundo e por aí vai!



E nesses quase 80 anos do pós-guerra, quanto o Brasil progrediu? 






Dá para comparar?





Se nem nos bairros vemos progresso!


Quando afinal começa o futuro para o Brasil? Ou esse blá blá blá é a justificativa dos que teriam que fazer alguma coisa e não fizeram nada?

Acho que agora entendi!

Repetir o mantra do progresso é para não tirar o pouco que resta aos mais Jovens.

Esperança!



domingo, 22 de maio de 2022

10. MEMÓRIAS CRUZADAS – O Atelier – Início de minha Vida Profissional

O meu primeiro emprego foi em estúdio fotográfico, quando eu tinha 14 anos.

Não estúdio do jeito que você imagina que possa ser, nós chamávamos de Atelier. Vou explicar!

Você tem ou já viu na casa de parentes este tipo de retrato (quadro), pendurado na parede?

Se nunca viu um desses Quadros, saiba que foi muito popular, toda casa tinha pelo menos um, principalmente em cidades do interior.


Pois é, isto é uma foto ampliada em papel fotográfico, que depois recebe os desenhos de vestuário com crayon (vestido, blusa ou paletó).

Estes desenhos são fixados no papel fotográfico com uma mistura de goma arábica com álcool, depois são coloridos e novamente fixados com verniz, recebem acabamentos, recorte e emolduramento, tudo feito à mão. Um processo fabril complexo e trabalhoso.

O processo era assim: caixeiros viajavam pelas cidades interioranas do Paraná, Minas Gerais e Goiás, no nosso caso, vendendo os retratos.

Os caixeiros pediam aos moradores uma foto da(s) pessoa(s) a retratar, em qual vestimenta e em qual cor gostariam que estivessem e demais acabamentos do ‘quadro’: oval, redondo, retangular, moldura clara, escura etc.

Em São Paulo amplia-se a foto (só o rosto), desenha-se o traje, coloríamos, envernizávamos e dávamos o acabamento.

Pois bem, eu coloria os quadros, vivia envolto em tintas, massas, diluentes e fixadores em meu cavalete de trabalho. Menos pincel, pois coloríamos com algodão!



No início era mais ou menos assim. Depois aperfeiçoamos!









Eu era um colorista, tinha até registro em Carteira!

Quando me perguntavam o que eu fazia, (ok, poucas vezes!) dizia que era colorista – sem saber a diferença entre Profissão e Função, né?











Olha o meu holerite da época!





Bom, hoje em dia não temos nem sequer fotografias impressas, tudo é digital!

A propósito, você já tirou foto 3 X 4? Então leia o meu post sobre este assunto!

Acho que vai gostar!

Bom, este foi o início da minha vida profissional. Lembro-me muito bem. Passaram-se outros longos anos até a minha Aposentadoria. E cá estou!

Olha aí! Mais um cruzamento de memórias! Querem ouvir mais uma?

Deixem aqui os seus comentários!


quarta-feira, 20 de abril de 2022

9. MEMÓRIAS CRUZADAS – O Rei em minha Vida

Depois de 81 anos de existência do nosso querido “rei” Roberto Carlos, fica muito difícil acrescentar uma vírgula à sua extensa biografia.

Mesmo sabendo que estou repetindo antigos chavões, só me resta lembrar alguns dos milhares de momentos bons em minha vida, que foram embalados por suas belas canções!

Recapitulando: Roberto nasceu no ano de 1941. Aos 20 anos já fazia sucesso nas rádios de todo o Brasil! Eu nasci em 1961, já ‘ouvindo’ RC. E ouço até hoje, 61 anos depois!

Ok, quem não curte as suas músicas, pode não ter alguma lembrança (duvido!), mas eu tenho pelo menos uma música do RC vinculada às mais importantes fases de minha vida, desde os momentos lá em casa com a minha Mãe e irmãos, primeiros bailinhos, namoradas, namoro sério, casamento, nascimento dos filhos, bons momentos pessoais e profissionais, etc.

Sempre o ouvia pelas rádios e tv’s, até que um dia, lá pelos idos dos anos 1978, o meu irmão Floriano levou a sua namorada para assistir a um show dele no canecão – RJ.

Floriano me falou mil maravilhas daquele show e era uma época em que realmente RC se empenhava em realizar bonitos espetáculos.

Eu fiquei com muita vontade de também assistir a algumas dessas apresentações.

Mas, nas décadas de 1970 e 1980, RC fazia muitos shows pelo Brasil e também pelo exterior, portanto era difícil haver shows em São Paulo.

Ingressos que coubessem em meu bolso então, nem pensar!

Somente no ano de 2008 eu pude concretizar o desejo de assistir a um show do RC. Proximidade física, disponibilidade, preços acessíveis, foi uma conjunção de fatores positivos.

E lá fomos, Simone e eu, assistir ao tão esperado show no Ginásio do Ibirapuera.

Lindo, maravilhoso, exuberante!

Acho que eu quis acreditar nisso!

RC já com 67 anos, não tinha mais aquela vitalidade que eu esperava no palco.

Tampouco a voz e a interpretação de suas próprias músicas.



O tempo avança, a idade aumenta e a jovialidade passa, inclusive para os nossos ídolos.

Eu, com 47 anos de idade, sabia disso muito bem!

Tentei novamente, fui a outro show no ano de 2009, também no Ibirapuera, mas foi menos empolgante do que o primeiro.

As mais belas canções de Roberto Carlos, em minha opinião, foram produzidas na década de 1970. O último LP que ele gravou em estúdio foi em 2005.




Portanto, meu querido Roberto Carlos, gosto de ficar com as minhas lembranças, pois nelas seremos eternos!

Desejo a você, ‘do fundo do meu coração’, um Feliz Aniversário!

“Longa vida ao ‘Rei”!

E a nós, súditos ou não deste grande Artista, também!

Feliz 2022 para todos!

 


sábado, 2 de abril de 2022

8. MEMÓRIAS CRUZADAS – A Importância das vacinas

Bacilo de Koch. Já ouviram a respeito?

Eu já, aprendi no primário, época em que fazíamos o teste de Mantoux na escola. Sabem do que se trata?

Bacilo é um tipo de bactéria, neste caso, os causadores da Tuberculose.

Na década de 1970 a incidência de casos de tuberculose era muito alta no Brasil. Robert Koch foi um bacteriologista alemão que descobriu o bacilo.


E como era o teste Mantoux?
Injetava-se uma substancia subcutânea no braço da pessoa e após 03 dias aquela região crescia, inchava, ficava vermelha e coçava muito.

Significava que a pessoa teve contato com o bacilo, e a partir de certos parâmetros, indicava-se o tratamento.

Geralmente a vacina BCG era suficiente. Para os adultos ou quem não estivesse matriculado nas escolas, o teste era feito em clínicas e/ou laboratórios, como o Sanatorinhos* do Ipiranga.

Tínhamos também no calendário escolar de vacinas a varíola, a febre amarela e outras.

Jovens, reparem nos braços de seus Pais ou nos dos mais velhos e verão que a maioria tem uma marca nos braços que vocês não têm. Perguntem sobre!


A profilaxia e o esclarecimento eram as medidas urgentes na rede de ensino nas décadas de 60 e 70. Papel muito bem desempenhado pelas escolas públicas.

Hoje é preciso que os Pais autorizem a vacinação das crianças?!

O Brasil sabia quais eram as principais doenças epidemiológicas de sua população e como enfrentá-las.

E mesmo assim o Brasil padecia da alta incidência de casos de esquistossomose, doença de chagas, poliomielite.

Eram ruins tantas doenças, mas seguia-se um caminho lógico, conhecimento dos primeiros casos, identificação do agente causador, criação da vacina, campanha de imunização. Pronto! Assunto resolvido!

E agora veio a Covid-19.

Nos dias atuais está difícil identificar esse processo. Qual é a origem desse vírus?

As etapas não estão claras, a origem da doença está envolta em nevoeiros, a eficácia das vacinas fica sob xeque, as coisas não tem transparência.

As pessoas não confiam se recusam a tomar as vacinas, dúvidas persistem.

Nem sequer conseguimos ainda, vislumbrar uma luz ao final do túnel!

Mandatários vis se valem da falta de informação e transparência e pregam boicote ao sistema de imunização. Parece que regredimos neste aspecto!



Os governos dos estados se preparam para a aplicação da 4ª dose da vacina contra a Covid-19 agora em abril de 2022. 


Existe uma discussão sobre se essa será a 4ª dose, dose de reforço, dose semestral ou anual, não importa!


Esta vacina será incorporada ao calendário anual de prevenção de doenças, sem dúvidas!

Preocupante é sabermos tão pouco ainda sobre ela!


Vamos nos precavendo.


Vamos confiar na Ciência e naqueles bons Profissionais da Saúde que visem, prioritariamente, o bem estar da população!




Nada de pazzuelos, damares e outras insignificâncias.

Profissionais têm nome!

Atualize a sua Carteira de Vacinação! Protejam-se!

Vamos em frente!

quinta-feira, 31 de março de 2022

7. MEMÓRIAS CRUZADAS – Brincadeiras de Rua

Bom, hora de rememorar! Primeiro mergulho ao passado! Vamos começar nos lembrando destes dois personagens famosos!



Butch Cassidy & Sundance kid?

              Bud Spencer & Terence Hill?

                         John boy & Benjamin Walton?

                                      Zé Buscapé & Chapeuzinho?

                                               Irmãos Rocha?

NÃO!

 Luis e Ariovaldo!

 

Esta foto foi tirada por volta de 1968. Demos uma pausa em nossas aventuras só para este registro. Reparem no tipo de calçado utilizado na época! Coisa de gente chique!

Sim, nesta época o que não faltava era diversão pelo bairro, um verdadeiro “parquinho”!

Tinha terreno baldio e casa vazia pra explorar, campinho de futebol aberto no mato, árvores prá trepar ou prá pegar frutas (neste caso sempre eram nas casas dos vizinhos), incursão pelo campo inimigo – ‘rua de trás’, além das incontáveis brincadeiras de rua: pega-pega, mãe da rua, salve, amarelinha, taco (tinha outros nomes, era quase um basebol, tinha que derrubar a latinha do inimigo, que se defendia com um taco. A cada ponto os jogadores do mesmo time cruzavam o campo batendo os seus tacos!) e muitos outros!

Eu aprisionei muitas taturanas para experiências, que retirava dos pés de mamona, cujos frutos eram excelentes projéteis para os estilingues! Não entendeu nada do que eu disse? Então você tem menos de 50 anos de idade!

Vocês imaginam a cor que voltavam os ‘calçados’, né? Pretos! E também o calção, a calça, a blusa, o cabelo, a orelha, tudo! Eram ruas de terra!

Quais perigos havia para as crianças? Cortar o pé, cair da cerca, levar picadas de insetos e bichos de mato, quebrar o braço, levar bronca das vizinhas ou apanhar dos meninos maiores! Mas valia à pena correr os riscos, tanto que nos dias seguintes começávamos tudo de novo!

Estas lembranças nos permeiam a vida. É claro que o progresso viria, que o bairro iria se expandir, que as brincadeiras, os hábitos e costumes se transformariam, eu sabia disso.

Mas os nossos bairros perdem as suas identidades diariamente. Ou serão as gerações?

Aqui na região da Vila Prudente, Vila Ema, Parque São Lucas, só se veem prédios.

Fábricas tradicionais foram demolidas! Não temos nenhum espaço aberto, nenhum campinho, parque. Terreno baldio? Não existe há um bom tempo!

Dos meus vizinhos na Rua Juiz de Fora eu me lembro, fiz um registro dos nomes e das casas onde habitavam. Muitas foram demolidas e se transformaram.

Está difícil identificar e reconhecer os cantos do bairro da minha infância! Só mesmo na memória.

Mas só enquanto estou aqui. E depois? Acho que não interessa para as novas gerações, não é? Qual criança quer brincar de correr na rua tendo um playground aos seus pés?

Com o avanço da idade, percebemos que os anos que passam em nossas vidas deixam muito mais que experiências. Deixam saudades!

E os meus Leitores, de qual brincadeira de rua que vocês se lembram?

Deixem em seus comentários!

quarta-feira, 2 de março de 2022

6. MEMÓRIAS CRUZADAS - Vida de Estudante

Passei o carnaval deste ano fora de São Paulo, na companhia de alguns Amigos e na volta fiquei sabendo que o ano letivo de 2022 na rede estadual teve início no dia 02/02/22. Achei curioso, pois filhos de Amigos meus que vão debutar este ano nas Universidades Públicas só começam nas aulas no final de março!

Do muito que conversamos sobre a fase de estudante lá no sítio, ficou que final de Carnaval sempre teve esta mácula de nos trazer de volta ao ‘mundo real’! Lembrei-me então do meu tempo de escola, mais ou menos assim:

O Grupo Escolar

Minha Mãe me matriculou na escola no ano de 1969, eu já tinha 08 anos. É claro que eu não me lembro exatamente, mas parece que a explicação foi essa: as matrículas eram feitas desde dezembro para quem já era aluno, e até o mês de janeiro para os novos alunos. Em janeiro de 68 eu ainda não tinha 07 anos – idade mínima para a matrícula. Então, por conta de 02 meses, perdi um ano de estudos!

Nas décadas de 1960 e 1970 pelo que sei, pelo menos nas periferias, só existiam escolas públicas – do Estado ou da Prefeitura. Eu estudei em uma escola do Estado. Parcos recursos desde aquela época, mas com excelentes Professores.

E em janeiro de 1969 me tornei aluno do Grupo Escolar de Vila Belém!


Escola onde eu estudei por 08 anos! Fiz uma série de amizades, Amigos queridos que eu trago na memória até hoje, e alguns poucos com quem mantenho ainda algum tipo de contato.

E Professores maravilhosos, dos quais eu não me esqueço nunca! Do Diretor – Lourenço Dias Machado, lembro que tinha cabelos grisalhos e usava uns óculos “pesados”, mas não escuro! Lembro também das serventes (talvez exista hoje um termo mais adequado, mais “correto”!), mas era assim que todos a chamavam naquela época, sem nenhum preconceito! Lembro-me da Dona Cecília.

Ensino Primário – Base de Tudo

Eu gostava muito de ir à Escola, não faltava nunca! Claro, tinha umas febrezinhas, dores e alguns contratempos que me impediam de ir. Mas nunca “cabular” sem motivo!


Minha primeira Professora foi a Dona Maria de Lourdes Ribeiro, magrinha, pequena e de cabelos curtos. Depois tive a Dona Maria do Carmo Barreto, uma senhora enérgica, rígida, usava roupas bem conservadoras. Mas nunca foi estúpida, violenta e muitas outras coisa que falavam sobre ela. Ela costumava sair da sala durante a aula e todos ficavam intrigados. Não poderia esperar o intervalo do recreio? Descobrimos depois que ela saía para fumar! Eita vício!

Passei por todo o período militar, de 1968 a 1976, nesta primeira escola. Naquele tempo os cadernos traziam na contra capa o Hino Nacional, geralmente traziam as cores verde e amarela. Aprendíamos na escola os Hinos à Bandeira, Nacional, Canção do Expedicionário e outros! Tínhamos aulas sobre a Organização Social e Política do Brasil, Símbolos Nacionais noções de cidadania, civismo, amor à Pátria.

Olha gente, a Educação não era ruim não. Toda a minha formação de caráter, valores morais, civilidade, aprendi no ensino primário.

Ginásio – Fase das Descobertas

Na década de 1970 era assim que se dividiam os ciclos de aprendizagem, chamávamos os primeiros 04 anos de Primário, e os 04 anos seguintes de Ginásio.

No primário usávamos uniforme, escrevíamos somente com lápis, professora única, levávamos lancheira.

No Ginásio já estávamos nos tornando mocinhos, tudo diferente! Um professor por matéria, caderno “universitário”, canetas de todas as cores, lanchonete no intervalo e nada de uniforme! Podíamos usar qualquer roupa, desde que com o ‘guarda pó’ – branco e com o logo da escola no bolso. A gente amava! Dava um ar de mocidade! Muito chique!

Período para se firmar, tomar posição, ser do contra, ter angustias, dilemas, muita coisa chata! Típicas da pré-adolescência!

Colégio - Ensino Profissionalizante – Mudança de Vida

Ah, como é bom ser Jovem! Após a adolescência é um período Mágico. Quantas descobertas! Em você, nos outros, no mundo, em tudo!

Quantas coisas boas a experimentar, descobrir e sentir!

Mas também chega a hora de pensar em coisa séria. Profissão, trabalho, emprego. No meu período de Colégio – hoje Ensino Médio, conheci as festas, os passeios, as garotas, Baile de Formatura. Muita coisa prá contar!

Faculdade – É preciso Fazer!

Como a Faculdade nos abre a mente, o ambiente é propicio para debates, ideias diferentes, novos assuntos, despertar, consciência. Tudo isso e, bom, sem Ideologias fica melhor ainda!


Pós Graduação – E Por Que Não?

A ocasião, o trabalho, a necessidade, tudo conspirou, no meu caso, para que eu buscasse um conhecimento específico, dentro da minha área, que só uma Especialização – latu sendo poderia propiciar. Foi uma decisão acertada, este curso me deu muita bagagem e abriu muitas oportunidades profissionais. Boa tacada!




E vimos agora, durante todo o período da pandemia, 02 anos de educação desperdiçados, subtraídos da fase de aprendizado de nossos Jovens. Não sei se dará para recuperar, ou como, mas uma lacuna ficará para esta geração dos anos 2020.

Temos que contar mais uma vez e sempre com os Professores para recuperar este tempo! Profissionais Queridíssimos que até nos dias de hoje se dedicam de corpo e alma à profissão.

Os meus, moram em meu Coração!

Se eu tenho alguma história prá contar destas fases? Vou tentar me lembrar. Vocês me ajudam?

Deixem nos comentários!

Volto em breve! Até lá!

Boas aulas a todos!