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quinta-feira, 12 de setembro de 2024

20. MEMÓRIAS CRUZADAS – Borderline!

Eu assisti a um filme no cinema, em 1976, que me deixou extasiado!

Eu gostei de tudo: atores, personagens, trilha sonora, roteiro, tudo maravilhoso!

Um monte de mensagens subliminares que eu não entendia, mas me faziam querer assistir mais e mais vezes!

Comprei o DVD e pareço criança diante do desenho favorito: assisto frequentemente, sei todas as falas, e as músicas . . . ah! absurdamente lindas! Instrumentais!

Só o que me interessava no filme até então era a arte, nota 10 em tudo!

Tempos depois, li algumas resenhas, algumas análises e outras coisas mais sobre o filme, que também me interessaram saber!


A história do filme ‘Um Estranho no Ninho’ se passa em 1963, época em que pouco se sabia sobre transtornos bipolares. A psiquiatria dava os seus primeiros passos à base de experimentos. O Oregon State Hospital, retratado no filme não era só na ficção, os EUA tinham aquele tratamento de verdade!



Alguns anos mais se passaram e eu assisti, lá por volta do ano de 2008, ao filme ‘Garota Interrompida’. Achei que foi, intencional ou não, uma cópia deslavada do “Estranho”.




Fiquei até chateado por haverem usurpado de uma história que há anos eu acalentava! Que bobagem, né? É muito salutar relembrar estórias e rever nossas posições sobre os assuntos!

‘Garota Interrompida’ se passa nos anos 1967 e de novo traz à baila a estória da psiquiatria.

Elenco muito bom, a maioria em início de carreira, mas que demonstraram o seu melhor!

O que os dois filmes nos mostram: a dificuldade em se diagnosticar e tratar transtornos mentais! Cada caso é um caso, cada ser humano é único e o que se passa na cabeça de cada um, só este um para descrever!

Bom, toda esta introdução para lembrar de uma história triste.

Dona Alzira, Amiga de minha Mãe, era uma pessoa especial.

Me lembro que tinha uma voz bastante ‘arranhada’. Era morena de pele bem escura. Muito religiosa. Não sei se era solteira, viúva ou divorciada, sei que morava sozinha. E era solitária!

Algumas poucas vezes acompanhei minha Mãe quando a visitava em sua casa.

As conversas giravam em temas de religiosidade, igreja e só. As conversas não evoluíam. A nossa presença, apesar de a minha Mãe ser uma de suas poucas ou única Amiga, a incomodava.

Soubemos, algum tempo depois, que ela tentou o suicídio, se jogando no poço.

Foi resgatada com vida, mas mais que isso eu não sei dizer. Sumiu da casa e do bairro.

Aquilo me deixou com um medo tremendo, pois todas as casas do bairro tinham poço, a minha inclusive.

E eu tinha fascinação em olhar o poço quando o sol estivesse bem à pique para entender o que havia lá embaixo, pois para mim era um buraco de onde tirávamos água e eu não sabia o que tinha lá embaixo!

Bom, outro border!

Suicídio era algo muito inusitado e profundamente enigmático naquela época, naquele bairro, no Brasil de 1960 e poucos! Vivíamos nas trevas da ignorância!

Se o fato causou tamanho estarrecimento na vizinhança pela sua inusitalidade, imagine o transtorno mental que afligia a pobre Dona Alzira. Com certeza ela nem fazia ideia com o que se passava consigo mesma!

Informação é tudo!

Tenho certeza de que ao longo de sua vida você também se deparou com pessoas especiais.

Temos que prestar atenção aos sinais daqueles que nos rodeiam. Pode haver ali um pedido de ajuda. Fiquemos atentos!

Estender a mão, abrir os braços para um abraço pode ser a acolhida que muitos esperam de você!

Esteja pronto! Saiba identificar! Ouça mais!

E assistam aos filmes mencionados! São Majestosos nesta abordagem!



 

terça-feira, 22 de agosto de 2023

17. MEMÓRIAS CRUZADAS – Pulp Fiction - Lobisomem na Vila Ema

No início dos anos 70 não havia muito que pudesse entreter aos Jovens no bairro de Vila Ema.

Bom, acho que até hoje não existe em bairro nenhum, não é verdade?

Digo, no dia-a-dia mesmo sabe, pois de vez em quando aparecia um circo, um parquinho, quermesse, alguma novidade que fosse!

Mas prá entreter mesmo, acho que em nenhum bairro da periferia existia.

Padaria, lanchonete, barzinho, ponto de encontro, nada! Não havia nada! Nem sequer luzes nas ruas tínhamos, era um breu danado após o entardecer.

Cabia aos Jovens tomar banho e dormir, lá pelas 19:00 horas! A maioria das casas não tinha TV, quando muito um rádio. Mas isso não são horas de ouvir rádio, né?

A não ser o meu Pai, que ouvia no rádio de Ondas Curtas, a programação da Argentina, Chile, Paraguai. . . . não sei como, mas era possível!

Aos Jovens não havia o que fazer, durante a semana. Festas de aniversário, casamento, bailinho, quando muito só existia no final se semana! Segunda, Terça, Quarta . . . . ah, como demorava prá passar a semana!

Mas alguns Jovens, meus Irmãos entre eles, ficavam conversando na rua e de vez em quando combinavam de jogar uma tômbola ou um dominó, na casa do Ismael, num salão que tinha na frente da casa da dona Albertina, a Mãe dele. Eu me lembro vagamente dela que vez ou outra ao dia, vinha olhar a rua, e nós a víamos pela grade do portão.

Nailton, Pé com Pano, Bituca, Mudinho, Carlinhos da dona Carmem. Eram da Turma!

O jogo era arrastado, sem pressa de ganhar! Não havia prêmio, era só prá passar as horas.

Em uma dessas noites o grupo escuta uns grunhidos estranhos no lado de fora.

O salão tinha uma daquelas portas típicas de garagem dos anos 70 e 80, 90 e 2000 . . . . . bom, até hoje é assim!

Saíram para ver e, surpresa! avistaram ao longe um Lobisomem!

Era noite de lua cheia, dava para ver bem, não tiveram dúvidas!

Quem ficou com mais medo, os Jovens ou o bicho? De certo que foi o bicho, pois saiu numa disparada pela noite escura!

Os Jovens, intrépidos e destemidos, munidos de paus e pedras correram atrás da criatura até lá pelos lados do Parque Saraiva. Que fôlego, hein! Da Juiz de Fora até lá quase 02 quilômetros! Mas o bicho sumiu por entre as árvores!

Nesta época o bairro não era muito povoado, havia muitas áreas de espaço aberto, mato e arvores.

O Parque Saraiva, penso que era uma residência, era muito grande, cercada de árvores. Ninguém sabia quem eram os moradores ou o que havia do lado de dentro dos muros.

Não sei se foi verdade, mas dizem que na manhã seguinte, o Nailton, um dos integrantes da turma, apareceu todo arranhado dizendo que tinha matado um lobo!

Se os Jovens não tinham o que fazer, tinham que imaginar, não é mesmo!

Bom, aquela noite foi inesquecível para os Jovens da Rua Juiz de Fora.

Mas era realmente um Lobisomem? Pelo menos ninguém provou o contrário!

 


 Lobisomem na Vila Ema

Diz aí, você que por acaso tenha vivenciado esta época e local. Podemos acreditar?

Conte a sua história!

sexta-feira, 21 de abril de 2023

15. MEMÓRIAS CRUZADAS – Brasília - Capital da Esperança

Na época do Ginásio, começa a fase de fazer ‘trabalho’.

Espere aí, nada a ver com religiosidade!

Tínhamos os exercícios desenvolvidos em sala de aula, que quando não dava tempo de terminar, a Professora mandava fazer em casa. Tínhamos ‘Lição de Casa', tarefas para serem desenvolvidas fora do horário escolar. E tínhamos ‘Trabalho de Casa’, temas específicos que tínhamos que pesquisar, desenvolver resumo descritivo e eventualmente expor em sala de aula para os demais colegas de classe. Estes trabalhos poderiam ser na modalidade Individual ou em Grupo.

Na modalidade em grupo era um pouco mais fácil, pois você podia ir à casa de amigos que tinham enciclopédia, Pais que ajudavam no trabalho, discussão em grupo e divisão de tarefas.

O tema sobre Brasília, capital recém-inaugurada do Brasil, caiu na modalidade Individual para mim. Muito mais difícil de pesquisar de desenvolver, de apresentar, tudo!

Eu não tinha recursos de pesquisas, a quem recorrer, perguntar, etc.

Coube a minha vizinha Rosana me dar um trabalho pronto, pesquisado e encadernado, em perfeito estado!

Brasília – Capital da Esperança!

Eu não li uma linha sequer do trabalho, não me interessei em nada sobre o texto, foi assim, missão cumprida, pois eu sabia que teríamos muitos outros assuntos para pesquisar durante o ano.

Trabalho entregue, lá fui eu para as coisas mais legais da idade: brincar na rua!

E, passados alguns dias, talvez por peso na consciência, pensava no assunto antes de dormir.

Como não li o texto, não me inteirei sobre assunto, não sabia nada de nada! Como fazer uma apresentação oral de um assunto que você não conhece?

Se Brasília era a capital da Esperança, onde era a Esperança?

Calma, eu não era tão burro assim! Eu comecei o Ginásio em 1973, tinha 12 anos de idade! Nesta época existia o estado da Guanabara, alguém conhece? Falava-se divisão do estado do Mato Grosso e o nascimento de uma nova capital no estado, talvez Campo Grande, que ninguém sabia onde era. Existia um novo ‘distrito federal' no estado de Goiás. Assuntos de pouco interesse para crianças ou pré-adolescentes!

Graças ao bom São José de Cupertino eu não fui escalado para apresentação do trabalho em classe. Acho que a Professora desconfiou que aquele trabalho não foi desenvolvido por mim. Professores conhecem os seus alunos, não? Tanto que a minha nota não teve nada de espetacular, foi só pra dizer que cumpriu o trabalho.

E mesmo assim, ainda com aquela preocupação em minha cabeça, não deixei de perguntar alguns anos depois ao meu irmão Sinésio, que morava em Brasília e nos visitava com frequência, se Brasília era mesmo a capital da Esperança, ao que ele me respondeu:

- “Deixa disso, Ari. Tá tirando onda comigo? Você não tem idade ainda para falar ou entender Política!”.

É, ele estava certo! E acho que até hoje eu não entendo a Política de Brasília!

Mas Brasília tem muitos atrativos e é realmente uma bela cidade!

Eu tive a oportunidade de visita-la algumas vezes e tratarei deste assunto aqui em outra Publicação.  Aguardem, pois será divertido!

Por enquanto fica a minha Felicitação a todos nós Brasileiros, e especialmente aos Brasilienses, por termos tão bonita e elegante Capital Federal tombada inclusive como Patrimônio Cultural pela Unesco.

Feliz Aniversário, Capital da Esperança!




Meu Irmão Sinésio (jovem à direita), em junho de1968, no mirante da torre de TV.












Local de onde foi tirada a foto!

sábado, 18 de março de 2023

14. MEMÓRIAS CRUZADAS - Prato do dia ou à La Carte?

Eu trabalhei por muitos anos no centro da cidade, bem ali na gema, o chamado ‘Centro Velho’ e também centro financeiro de São Paulo, dado à existência das matrizes de inúmeros bancos que ali estavam estabelecidas desde os anos 60 até o final dos anos 90!

Tudo tinha no centro da cidade: alfaiates, sapatarias, barbearias, armarinhos, magazines, boticas, correios, armazéns, cartórios, tabelionatos e restaurantes. Muitos restaurantes!

Nesta época só havia as opções à lá carte ou prato do dia.


Pratos à lá carte, como o são hoje em dia (corrijam-me se necessário), eram servidos em restaurantes, com os pedidos sendo anotados por garçons, que mesmo havendo uma indicação de refeição para o dia, as demais refeições tinham que ser aquelas descritas no cardápio, ou menu!

 

 

Já os pratos do dia* eram servidos em bares, padarias e leiterias – não sei explicar este nome. Também se podia pedir outra coisa, ou um lanche, mas o prato do dia era aquele!

E havia os pés-sujos, bunda prá fora e outros adjetivos para bares menos sofisticados, que serviam as refeições no balcão, sem tempo prá cafezinho, conversinhas ou nhém nhém nhém! Alta rotatividade! Compensavam pelo preço baixo!

Estas opções de locais para comer existiam às dezenas no centro e ainda assim não comportavam a demanda, devido ao grande número de trabalhadores naquela região, à época! Era preciso muita sola de sapato e paciência para procurar opções sem filas – raro encontrar! 

O bom era que caminhávamos bastantes na volta, após as refeições! Ah, e tinham as inúmeras cafeterias, apesar dos cafés sendo servidos nos bares e restaurantes, para uma paradinha, um papo e um cigarro!

Restaurante self-service, os famosos ‘por quilo’ que conhecemos hoje, só apareceram no final da década de 80 e só a base da refeição, arroz, feijão ou macarrão e saladas ficavam disponíveis nas travessas. As ‘misturas’ e demais ingredientes eram preparados conforme os pedidos.

Creio que os bancários foram uma das primeiras categorias a receber o benefício do auxílio refeição, os tickets, por volta dos anos 1990!

Isto impulsionou a multiplicação e popularização dos self-services, pois muitos trabalhadores que traziam marmita começaram a frequentar os ‘quilos’. E com isso vieram também as múltiplas opções de pratos, sabores, bebidas e sobremesas. Comia-se muito bem! Mudança da água pro vinho! Ou seria do Prato Feito ao gourmet, hein?


Aroma & Sabor

Faço uma homenagem ao Querido ‘Antonio Fagundes’ (que vergonha! Esqueci o nome dele, chamávamos por este apelido. Alguém se lembra?) proprietário do Restaurante Aroma e Sabor, que eu comecei a frequentar por volta do ano de 1994, na unidade da rua Florêncio de Abreu – Ele e os irmãos tinham várias unidades! Ainda hoje costumo passar por lá para uma refeição com Amigos da época!

Mas frequentei também o Dix, Calabouço, Salets, Leiteria Bancário, Associação Comercial, Guanabara, Cafeteria Paulista, Piero. . . muitos outros!

Era um jeito saboroso de conhecer lugares, pessoas, culinária, ambientes!

Isto e muito mais se perdeu ao longo do tempo no 'Centro Velho’. Com a partida dos bancos para outros endereços, a região entrou em uma decadência da qual não conseguiu mais se recuperar! Que pena!

Depois vieram também as grandes redes de lanchonetes, fast-food, shoppings e mudanças de hábito alimentar dos mais jovens.

Durante boa parte do ano de 2021, a grande maioria do trabalho sendo executado em Home Office, tudo é delivery, as pessoas fazem os seus pedidos através de aplicativo ou whatsapp, portanto, de onde vêm as refeições não faz muita diferença, não é mesmo?

Mas aqueles restaurantes que se estabeleceram ao entorno de grandes corporações e/ou com grande movimentação de pessoas, estão lutando desesperadamente para se manterem ativos. Muitos não aguentaram a turbulência econômica, o baixo faturamento e fecharam as portas.

Aqueles que ainda estão conseguindo se manter, querem muito ver a pandemia controlada, vida financeira de volta ao controle, normalidade! Mas acima de tudo querem ter de volta a movimentação das pessoas, é pra isso que eles existem, prá servir! 

Que tal uma passadinha naquele estabelecimento que você tanto gosta? Ele vai adorar te ver de volta!

E você, o que acha? Comente! Quero ouvir a sua opinião! 

ATUALIZAÇÃO!

Estive hoje, 15/10/2024, no 'Centro Velho' e percebi que a recuperação deste lugar tão querido, ainda está longe de se concretizar!

Muitos imóveis para Venda e mais ainda, para Aluguel!

Pouco se reconhece do ambiente das décadas de 1980 e 1990!

E, como eu previa, muitos Bares e Restaurantes não resistiram à queda repentina de movimentação no período da Pandemia!


Nem mesmo a Filial do nosso querido 'Aroma & Sabor' da Rua Libero Badaró!

Se teve alguma coisa boa neste resgate de minhas Memórias, foi o encontro do meu Querido Amigo Marco Antonio!


Que Fagundes, o quê! Este é o nome dele! Marco Antonio!

Um cara do Bem, Batalhador, Empreendedor Convicto, Brasileiro que não desiste nunca!

Quem sempre acolheu os funcionários do Bandeirantes de forma alegre, efusiva, aconchegante, simpática!

Que tal dar uma passadinha por lá? Aproveitar o verdadeiro "AROMA & SABOR" do almoço do dia-a-dia?

Ou simplesmente para dar um Grande Abraço para Ele e sua Equipe?

Vale a pena?

Tenho certeza de que irão gostar!

domingo, 22 de maio de 2022

10. MEMÓRIAS CRUZADAS – O Atelier – Início de minha Vida Profissional

O meu primeiro emprego foi em estúdio fotográfico, quando eu tinha 14 anos.

Não estúdio do jeito que você imagina que possa ser, nós chamávamos de Atelier. Vou explicar!

Você tem ou já viu na casa de parentes este tipo de retrato (quadro), pendurado na parede?

Se nunca viu um desses Quadros, saiba que foi muito popular, toda casa tinha pelo menos um, principalmente em cidades do interior.


Pois é, isto é uma foto ampliada em papel fotográfico, que depois recebe os desenhos de vestuário com crayon (vestido, blusa ou paletó).

Estes desenhos são fixados no papel fotográfico com uma mistura de goma arábica com álcool, depois são coloridos e novamente fixados com verniz, recebem acabamentos, recorte e emolduramento, tudo feito à mão. Um processo fabril complexo e trabalhoso.

O processo era assim: caixeiros viajavam pelas cidades interioranas do Paraná, Minas Gerais e Goiás, no nosso caso, vendendo os retratos.

Os caixeiros pediam aos moradores uma foto da(s) pessoa(s) a retratar, em qual vestimenta e em qual cor gostariam que estivessem e demais acabamentos do ‘quadro’: oval, redondo, retangular, moldura clara, escura etc.

Em São Paulo amplia-se a foto (só o rosto), desenha-se o traje, coloríamos, envernizávamos e dávamos o acabamento.

Pois bem, eu coloria os quadros, vivia envolto em tintas, massas, diluentes e fixadores em meu cavalete de trabalho. Menos pincel, pois coloríamos com algodão!



No início era mais ou menos assim. Depois aperfeiçoamos!









Eu era um colorista, tinha até registro em Carteira!

Quando me perguntavam o que eu fazia, (ok, poucas vezes!) dizia que era colorista – sem saber a diferença entre Profissão e Função, né?











Olha o meu holerite da época!





Bom, hoje em dia não temos nem sequer fotografias impressas, tudo é digital!

A propósito, você já tirou foto 3 X 4? Então leia o meu post sobre este assunto!

Acho que vai gostar!

Bom, este foi o início da minha vida profissional. Lembro-me muito bem. Passaram-se outros longos anos até a minha Aposentadoria. E cá estou!

Olha aí! Mais um cruzamento de memórias! Querem ouvir mais uma?

Deixem aqui os seus comentários!


quarta-feira, 20 de abril de 2022

9. MEMÓRIAS CRUZADAS – O Rei em minha Vida

Depois de 81 anos de existência do nosso querido “rei” Roberto Carlos, fica muito difícil acrescentar uma vírgula à sua extensa biografia.

Mesmo sabendo que estou repetindo antigos chavões, só me resta lembrar alguns dos milhares de momentos bons em minha vida, que foram embalados por suas belas canções!

Recapitulando: Roberto nasceu no ano de 1941. Aos 20 anos já fazia sucesso nas rádios de todo o Brasil! Eu nasci em 1961, já ‘ouvindo’ RC. E ouço até hoje, 61 anos depois!

Ok, quem não curte as suas músicas, pode não ter alguma lembrança (duvido!), mas eu tenho pelo menos uma música do RC vinculada às mais importantes fases de minha vida, desde os momentos lá em casa com a minha Mãe e irmãos, primeiros bailinhos, namoradas, namoro sério, casamento, nascimento dos filhos, bons momentos pessoais e profissionais, etc.

Sempre o ouvia pelas rádios e tv’s, até que um dia, lá pelos idos dos anos 1978, o meu irmão Floriano levou a sua namorada para assistir a um show dele no canecão – RJ.

Floriano me falou mil maravilhas daquele show e era uma época em que realmente RC se empenhava em realizar bonitos espetáculos.

Eu fiquei com muita vontade de também assistir a algumas dessas apresentações.

Mas, nas décadas de 1970 e 1980, RC fazia muitos shows pelo Brasil e também pelo exterior, portanto era difícil haver shows em São Paulo.

Ingressos que coubessem em meu bolso então, nem pensar!

Somente no ano de 2008 eu pude concretizar o desejo de assistir a um show do RC. Proximidade física, disponibilidade, preços acessíveis, foi uma conjunção de fatores positivos.

E lá fomos, Simone e eu, assistir ao tão esperado show no Ginásio do Ibirapuera.

Lindo, maravilhoso, exuberante!

Acho que eu quis acreditar nisso!

RC já com 67 anos, não tinha mais aquela vitalidade que eu esperava no palco.

Tampouco a voz e a interpretação de suas próprias músicas.



O tempo avança, a idade aumenta e a jovialidade passa, inclusive para os nossos ídolos.

Eu, com 47 anos de idade, sabia disso muito bem!

Tentei novamente, fui a outro show no ano de 2009, também no Ibirapuera, mas foi menos empolgante do que o primeiro.

As mais belas canções de Roberto Carlos, em minha opinião, foram produzidas na década de 1970. O último LP que ele gravou em estúdio foi em 2005.




Portanto, meu querido Roberto Carlos, gosto de ficar com as minhas lembranças, pois nelas seremos eternos!

Desejo a você, ‘do fundo do meu coração’, um Feliz Aniversário!

“Longa vida ao ‘Rei”!

E a nós, súditos ou não deste grande Artista, também!

Feliz 2022 para todos!

 


quarta-feira, 2 de março de 2022

6. MEMÓRIAS CRUZADAS - Vida de Estudante

Passei o carnaval deste ano fora de São Paulo, na companhia de alguns Amigos e na volta fiquei sabendo que o ano letivo de 2022 na rede estadual teve início no dia 02/02/22. Achei curioso, pois filhos de Amigos meus que vão debutar este ano nas Universidades Públicas só começam nas aulas no final de março!

Do muito que conversamos sobre a fase de estudante lá no sítio, ficou que final de Carnaval sempre teve esta mácula de nos trazer de volta ao ‘mundo real’! Lembrei-me então do meu tempo de escola, mais ou menos assim:

O Grupo Escolar

Minha Mãe me matriculou na escola no ano de 1969, eu já tinha 08 anos. É claro que eu não me lembro exatamente, mas parece que a explicação foi essa: as matrículas eram feitas desde dezembro para quem já era aluno, e até o mês de janeiro para os novos alunos. Em janeiro de 68 eu ainda não tinha 07 anos – idade mínima para a matrícula. Então, por conta de 02 meses, perdi um ano de estudos!

Nas décadas de 1960 e 1970 pelo que sei, pelo menos nas periferias, só existiam escolas públicas – do Estado ou da Prefeitura. Eu estudei em uma escola do Estado. Parcos recursos desde aquela época, mas com excelentes Professores.

E em janeiro de 1969 me tornei aluno do Grupo Escolar de Vila Belém!


Escola onde eu estudei por 08 anos! Fiz uma série de amizades, Amigos queridos que eu trago na memória até hoje, e alguns poucos com quem mantenho ainda algum tipo de contato.

E Professores maravilhosos, dos quais eu não me esqueço nunca! Do Diretor – Lourenço Dias Machado, lembro que tinha cabelos grisalhos e usava uns óculos “pesados”, mas não escuro! Lembro também das serventes (talvez exista hoje um termo mais adequado, mais “correto”!), mas era assim que todos a chamavam naquela época, sem nenhum preconceito! Lembro-me da Dona Cecília.

Ensino Primário – Base de Tudo

Eu gostava muito de ir à Escola, não faltava nunca! Claro, tinha umas febrezinhas, dores e alguns contratempos que me impediam de ir. Mas nunca “cabular” sem motivo!


Minha primeira Professora foi a Dona Maria de Lourdes Ribeiro, magrinha, pequena e de cabelos curtos. Depois tive a Dona Maria do Carmo Barreto, uma senhora enérgica, rígida, usava roupas bem conservadoras. Mas nunca foi estúpida, violenta e muitas outras coisa que falavam sobre ela. Ela costumava sair da sala durante a aula e todos ficavam intrigados. Não poderia esperar o intervalo do recreio? Descobrimos depois que ela saía para fumar! Eita vício!

Passei por todo o período militar, de 1968 a 1976, nesta primeira escola. Naquele tempo os cadernos traziam na contra capa o Hino Nacional, geralmente traziam as cores verde e amarela. Aprendíamos na escola os Hinos à Bandeira, Nacional, Canção do Expedicionário e outros! Tínhamos aulas sobre a Organização Social e Política do Brasil, Símbolos Nacionais noções de cidadania, civismo, amor à Pátria.

Olha gente, a Educação não era ruim não. Toda a minha formação de caráter, valores morais, civilidade, aprendi no ensino primário.

Ginásio – Fase das Descobertas

Na década de 1970 era assim que se dividiam os ciclos de aprendizagem, chamávamos os primeiros 04 anos de Primário, e os 04 anos seguintes de Ginásio.

No primário usávamos uniforme, escrevíamos somente com lápis, professora única, levávamos lancheira.

No Ginásio já estávamos nos tornando mocinhos, tudo diferente! Um professor por matéria, caderno “universitário”, canetas de todas as cores, lanchonete no intervalo e nada de uniforme! Podíamos usar qualquer roupa, desde que com o ‘guarda pó’ – branco e com o logo da escola no bolso. A gente amava! Dava um ar de mocidade! Muito chique!

Período para se firmar, tomar posição, ser do contra, ter angustias, dilemas, muita coisa chata! Típicas da pré-adolescência!

Colégio - Ensino Profissionalizante – Mudança de Vida

Ah, como é bom ser Jovem! Após a adolescência é um período Mágico. Quantas descobertas! Em você, nos outros, no mundo, em tudo!

Quantas coisas boas a experimentar, descobrir e sentir!

Mas também chega a hora de pensar em coisa séria. Profissão, trabalho, emprego. No meu período de Colégio – hoje Ensino Médio, conheci as festas, os passeios, as garotas, Baile de Formatura. Muita coisa prá contar!

Faculdade – É preciso Fazer!

Como a Faculdade nos abre a mente, o ambiente é propicio para debates, ideias diferentes, novos assuntos, despertar, consciência. Tudo isso e, bom, sem Ideologias fica melhor ainda!


Pós Graduação – E Por Que Não?

A ocasião, o trabalho, a necessidade, tudo conspirou, no meu caso, para que eu buscasse um conhecimento específico, dentro da minha área, que só uma Especialização – latu sendo poderia propiciar. Foi uma decisão acertada, este curso me deu muita bagagem e abriu muitas oportunidades profissionais. Boa tacada!




E vimos agora, durante todo o período da pandemia, 02 anos de educação desperdiçados, subtraídos da fase de aprendizado de nossos Jovens. Não sei se dará para recuperar, ou como, mas uma lacuna ficará para esta geração dos anos 2020.

Temos que contar mais uma vez e sempre com os Professores para recuperar este tempo! Profissionais Queridíssimos que até nos dias de hoje se dedicam de corpo e alma à profissão.

Os meus, moram em meu Coração!

Se eu tenho alguma história prá contar destas fases? Vou tentar me lembrar. Vocês me ajudam?

Deixem nos comentários!

Volto em breve! Até lá!

Boas aulas a todos!