A LUTA GRECO-ROMANA
Eu disse para a Simone, minha esposa,
que gostaria muito de estar lá, afinal era um acontecimento único, que nunca
mais voltaríamos a reviver!
E a televisão passava a cada momento
um novo take, um novo acontecimento,
novo entrevistado, novo resultado, recordes sendo batido, sol brilhando, a vida
acontecendo! E nós, sentados na sala assistindo pela TV! Não era na Alemanha,
Rússia, Austrália, Canadá, era logo ali.
Eu disse: vamos! Ela: fazer o quê, se
nem ingresso temos! Era uma condição imprescindível para entrar na Cidade
Olímpica.
Isto ocorreu nas Olimpíadas Rio 2016.
Eu já havia tentado comprar ingressos antecipados pelo site oficial, mas era
baseado em sorteio! Como eu nunca tive sorte pra isso, não deu certo!
Mas eu queria muito estar presente,
participar, ver tudo acontecer. Então tive uma ideia, buscar por ingressos com
pouca demanda. Foi fácil de conseguir, não me perguntem o porquê!
Luta
Greco-Romana! Vagas para amanhã!
Os hotéis dispunham ainda de algumas
vagas, inclusive por conta de empreendimentos recentes junto ao cais do antigo
porto, onde ficamos em um hotel cheirando à tinta ainda, de tão novo que era.
As passagens aéreas estavam esgotadas,
mas de ônibus ainda havia algumas, tipo a que eu comprei, para as 23h30min do
mesmo dia.
Bagagem com o necessário e lá fomos
nós.
Passamos frio na viagem, ficamos com fome,
tivemos uma noite de sono ruim por conta do ar condicionado do ônibus bem em
nossas cabeças, mas desembarcamos no Rio na manhã seguinte e, voilà esquecemos todos os perrengues nos
primeiros passos em solo carioca!
A cidade cheia, mas uma logística
muito bem organizada!
Inauguramos a linha 04 do metrô, nos encantamos com o charmoso VLT – os bondinhos sobre trilhos, e ainda “batizamos” os corredores exclusivos para os BRTs que nos levou até a Cidade Olímpica onde enfim pude estar, conhecer e Participar!
Foram 03 dias passados na cidade Maravilhosa, que estava realmente linda, deslumbrante, amistosa, ótimo astral, gente bonita (acho que até eu estava!), carismática, navios de turismo atracados no Porto Maravilha, nossa, quanta coisa boa!
O Brasil conquistou 19 medalhas: Ouro
no futebol e no Vôlei, Prata no atletismo e ginástica, foi um desempenho
brilhante!
Eu e a Simone curtimos bastante a
experiência; lembranças que ficarão eternizadas em nossas memórias! Foi bom
estar lá, vivenciar um acontecimento que atrai a atenção do mundo todo sendo
realizado aqui no Brasil.
As próximas Olimpíadas seriam
realizadas no Japão, em 2020. Grande expectativa! Um País muito avançado em
termos de tecnologia, infraestrutura de transporte, comunicações, rede
hoteleira, tudo!
Ninguém contava com um imprevisto, foi
necessário adiar a “grande festa”. Previsão de arquibancadas vazias, poucos
turistas pelas ruas, população com receio de receber gente de fora, o perigo
assombrando!
Torneios sem público pra vibrar,
torcer, incentivar, os Atletas aparecendo sozinhos no pódio, festejando consigo
mesmos! Que desperdício! O Japão não merecia esta tragédia!
Mas o quê, foi só o primeiro Atleta
comparecer em sua modalidade que o mundo inteiro se uniu ao espírito olímpico, que tanto bem faz à
alma de cada um, ao Mundo, a Todos e em Tudo! Raro momento em que o Mundo
centraliza os seus pensamentos ao bem comum e a Fraternidade!
Os Atletas brasileiros nos encheram de
orgulho: Rebeca Andrade, Ítalo Ferreira, Thiago Braz, Isaquias Qieiróz, olha,
foram muitos.
Ainda bem que as Olimpíadas resistem
ao tempo, ela foi importantíssima para nos fazer esquecer por um momento tempos
de tanta tenebrosidade.
As Olimpíadas de Tóquio se encerraram
em 08/08/2021. Dia desses o meu Filho me perguntou: Pai, você viu quantas
medalhas o Brasil conquistou em Tóquio?
Vi sim Filho, foram 21, um pouquinho
melhor do que na anterior.
Mas que saudade me deu do clima da Rio
2016!
Naquela eu
posso dizer que estive presente!
Mas me surgiu uma curiosidade: quem afinal
conquistou medalha na Luta Greco-Romana em 2016? Uma indelicadeza de minha
parte, já que foi graças a ela que eu consegui o meu ingresso. Portanto, fui
pesquisar e descobri que tem modalidades por peso dos atletas.
Eles têm competições mundiais que
“competem” em termos de visibilidade com as Olimpíadas.
Não consegui saber quais são os
brasileiros que competem nesta modalidade
Enfim, acho que seja um dos motivos que não nos fazem acompanhar, é um pouco complicado!
Pois não é que agora em Tóquio, descobri que o lutador cubano Mijaín López entrou para os livros de história dos Jogos Olímpicos ao conquistar a quarta medalha de ouro consecutiva em sua modalidade?
Parabéns a ele e a toda a modalidade!
Aqueles 03 dias no Rio de Janeiro renderam bastante. Acho que voltarei ao tema outras vezes!
Por enquanto, gostaria de ouvir os
seus comentários!
Até a próxima!
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